quinta-feira, 27 de maio de 2010

do contra

quero sempre
o que nunca está
no que está

se me dão o centro
quero a borda

se me oferecem o chão
escolho voar

vejo mais nitidamente
quando fecho os olhos

e faço laços
com as voltas que
o mundo dá

5 comentários:

  1. Adoro suas brincadeiras com palavras! Tentei fazer um esses dias inspirado em vc: chamou-se Brincando de boneca. Nunca chegarão no seu nível! hahahaha!

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  2. Vlw pelo incentivo! Tem algumas outras menos óbvias que não sei se ficaram perceptíveis: menos/contra-adição; embora/hora; vezes/resultado. Coloquei um significado bem pernóstico no poema, quase sujo mesmo... mas enfim! Dos poemas não se contam os segredos, né!

    Bejo!

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  3. lindo, lindo, lindo. dá-me um pouqinho desse teu dom!

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  4. Quero abraçar o mundo, mas como abraçar se tem uma borda para impor limites. Já sei, vou me jogar nos laços, e entrelaçar. Assim ultrapasso a borda e posso voar...
    Fechando os olhos e sentindo ar, a brisa me tocar, abro os olhos e estou no que queria estar...

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