te amo com todos meus músculos
com meus glóbulos vermelhos
com minhas órbitas doloridas
e com as dúvidas que são pedras na minha cabeça
mas não no meu coração
te amo com o peito cheio
e com as mãos vazias
o que trago e te ofereço é meu amor
meu cansaço e minhas pernas
que apesar de tudo ainda desejam caminhar
te amo com todo meu tecido adiposo
com meus poucos cílios
e minha boca salivante
com os nervos te amo
com os tendões
as unhas, dentes e estômago
te amo com o enjoo da vida
sempre presente
com a náusea da existência
te amo e amo como respiro:
assim, sem esforço algum
te amo incerteza, silêncio e pintas
molecagens, riso inconfundível e pouca fala
te amo corpo inteiro
pêlos e tatuagem
nu te amo ainda mais
despido, dormindo, vulnerável
te amo olhos fechados
e boca aberta
e por amar assim
pouco calma, muito corpo,
alma toda
e não só por amar assim
mas por ter vivido
antes e depois e estar agora
te e me aprendendo
não sei como terminar um poema de amor
só sei fazer amor
com este meu corpo
que é pouco
e talvez não mereça o teu
com meus glóbulos vermelhos
com minhas órbitas doloridas
e com as dúvidas que são pedras na minha cabeça
mas não no meu coração
te amo com o peito cheio
e com as mãos vazias
o que trago e te ofereço é meu amor
meu cansaço e minhas pernas
que apesar de tudo ainda desejam caminhar
te amo com todo meu tecido adiposo
com meus poucos cílios
e minha boca salivante
com os nervos te amo
com os tendões
as unhas, dentes e estômago
te amo com o enjoo da vida
sempre presente
com a náusea da existência
te amo e amo como respiro:
assim, sem esforço algum
te amo incerteza, silêncio e pintas
molecagens, riso inconfundível e pouca fala
te amo corpo inteiro
pêlos e tatuagem
nu te amo ainda mais
despido, dormindo, vulnerável
te amo olhos fechados
e boca aberta
e por amar assim
pouco calma, muito corpo,
alma toda
e não só por amar assim
mas por ter vivido
antes e depois e estar agora
te e me aprendendo
não sei como terminar um poema de amor
só sei fazer amor
com este meu corpo
que é pouco
e talvez não mereça o teu
....merece, claro que merece.
ResponderEliminarpara merecer precisa se entregar, por inteira. parar de olhar para si mesma e olhar para o outro.
ResponderEliminaranônimo:
ResponderEliminaruau, receitinha de bolo. só botar no forno depois? fácil fácil, né? valeu a dica!
;)
Eu adoro poemas que fazem uma distante referência às cantigas de amigo do período clássico. Sei que a comparação é difícil, mas é possível sentir o tanto que dói a distância e o esforço de se querer a pessoa amada. É como se você dissesse: te amo com tudo que posso, mas ainda assim acho que não posso. Lindo mesmo!
ResponderEliminarCorrigindo tudo o que eu disse: na verdade a referência é a cantiga de amor e o período é o trovadorismo. Pensei em uma coisa e falei outra... hehehe
ResponderEliminarBejo!
Gostei do poema :)
ResponderEliminarGosto das suas dicas e espero que goste das minhas também
Att. Adriana Amanda(haha)
A pergunta: não se identificar temendo o quê, exatamente?
ResponderEliminarNão mordo não, tá. Será que Adriana Amanda tem alguma coisa a ver com o SEU nome, e você me deixou como pista? H U M
(haha)
got ya!