abro mão da identidade
troco as palavras
que (não) me definem
pelos meus pés
coxas ventre
fêmur útero
a pós-modernidade
diz que quem quiser
pode se autodeclarar
mulher
que encham a boca
para proferir
o substantivo
o sujeito
quem se importa?
o verbo é meu
a vida que me vive
não pode ser
enclausurada
pelos signos
não é fluida
nem volátil
líquido é o meu sangue
material é a minha opressão
mimese impossível
a da ação
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