face a face
não existem mais
disfarces
máscaras dadaístas caem
deixando às vistas
rostos de carne e osso
o medo pulsando tenso
na veia do meu pescoço
por trás do véu de maya
sob os músculos e sangue
eu vou como carangueijo
cruzando o lodo do mangue
até chegar ao mar
sereia de Ulisses
cantando encantamento
sem perigo, essa tolice
eu canto porque preciso
eu grito pra mergulhar
não no lago de Narciso:
no espelho de Alice
atravesso sozinha
o meu próprio precipício
louvar o prepúcio do príncipe
não está nos meus princípios
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