Sinto às vezes, e tão agudamente que até preferiria não ter sentido, que a solidão é uma espécie de fortaleza. Não gosto de sentir desse modo, pois é a confirmação de que perdi a fé na humanidade. Mas é que precisar dos outros é tão dolorido que não quero precisar nunca (mais) de ninguém. Gostaria apenas de ser grandiosamente grata quando por acaso eu precisasse e por acaso me fosse ofertado aquilo de que eu tanto preciso.
Mas o comum é eu pedir e não ser me dado. Porque também, eu não peço com palavras, o que dificulta tudo para mim e para quem gostaria de me ajudar. Sou exigente demais. Peço uma compreensão que é difícil de ser dada. Como a criança que ainda não aprendeu a falar, quero ser compreendida. Mas, crescida que sou, não quero mais chorar. Porque se eu pedir com palavras e aquilo que eu preciso não me for dado, aí é que vou ficar triste. E já que sou só e tenho a consciência da solidão, que eu faça dela a minha fortaleza. Eu, forte e grande dentro de mim mesma. Com dores que não incomodam mais ninguém.
PS: não, isto não é triste. Pelo menos não deveria ser.
A descoberta de nos mesmos nos deixa alegres, mesmo sobre nossas fragilidades!
ResponderEliminarMuito bom! Adorei em todos os sentidos! hehe
Bejo!
É de saber que nem sempre adianta pedir - com ou sem palavras. É de compreender, aliás, que mesmo que tentássemos usar as palavras, há pedidos que são impossíveis - impalavráveis!
ResponderEliminarSaudades, linda!
Talvez não seja bom nas palavras como você.
ResponderEliminarTalvez a questão não seja acreditar na humanidade.
Talvez seja você, acredite em você.
Você é que vive em um mundo onde leão devora cordeiro.
Por mais que você erre isso não quer dizer que você falhou consigo mesma.
Mas deu oportunidade para a humanidade que tem dentro de você.